A Importância dos Blocos de Rua para o Rio de Janeiro: Cultura, Cidade e Resistência

CARGA HORÁRIA: 20 HORAS-AULA

O Carnaval de rua do Rio de Janeiro é mais do que uma festa popular: é uma manifestação cultural viva que define a identidade do Rio de Janeiro, que pulsa nos bairros, atravessa desigualdades e transforma a relação entre os moradores e a própria cidade, construindo redes de afeto, pertencimento e territorialidade. Os blocos de rua representam, ao mesmo tempo, memória e reinvenção, espontaneidade e organização, arte e política.

E não é à toa. Sua importância para o Rio é histórica, econômica, social e simbólica — e tem crescido significativamente nas últimas décadas, especialmente após o processo de retomada da folia popular nas ruas. Essa retomada, que começa a se dar a partir do processo de redemocratização em meados dos anos 1980, tem seu ápice no início dos anos 2000, e se transforma num fenômeno não apenas na cidade do Rio de Janeiro, onde tem início, mas tem todo o país. O modelo de Carnaval que se instaura é democrático, inclusivo, valoriza e respeita as diferenças e cria laços de expressão para uma sociedade recém-saída de 20 anos de ditadura.

No Rio, esse fenômeno chega a inacreditáveis números como os mais de 7 milhões de foliões nas ruas da cidade, num período que extrapola em muito os quatro dias de Momo. Os blocos se multiplicam ruas tão logo o Ano Novo se anuncia, e se mantém nos espaços públicos até quase dez dias após o fim do Carnaval. Em alguns anos, a depender da data oficial, isso pode resultar em até 60 dias de folia. Como uma expressão democrática dos festejos carnavalescos, os blocos são responsáveis por mais de R$ 5 bilhões de impacto econômico, segundo dados da Riotur (a empresa de turismo do município), em 2025.

Professora: Rita Fernandes

Economista, jornalista, produtora cultural, mestre em Bens Culturais pela FGV,  é fundadora e presidente da Sebastiana Associação de Blocos de Rua do Rio desde 2004, e idealizadora do Festival CasaBloco, desde 2018. Pesquisadora de cultura e carnaval, é autora do livro “Meu Bloco na Rua: a retomada do carnaval de rua no Rio de Janeiro”. Colunista da Veja Rio no tema da cultura carioca e consultora no tema para diversos seminários. É responsável pelo Seminário Desenrolando a Serpentina, em suas 18 edições.

Duração: 5 semanas (todas as terças-feiras)

Data de início: 16/09/2025

Horário: 14h às 18h

Público-alvo: aberto a todas as pessoas com ensino médio completo.

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